Imagem “familiar” domina programas eleitorais na região

Os candidatos a prefeito das cidades de Ipatinga e Coronel Fabriciano apresentaram nessa quarta-feira (22), a partir das 13h, os seus primeiros programas no horário gratuito de rádio e TV. A estratégia reinante foi a mesma: mostrar o candidato como um ser humano sensível, com apego aos valores da família, ética, bons costumes e outros. 

Em Ipatinga, o candidato Daniel Cristiano, do PCB, que tem o menor tempo disponível, mostrou cenas da rotina de sua campanha. Ele, usando capacete de ciclista, acompanhado de seu candidato a vice, Rair Anício, aparece no vídeo ladeado pela bandeira do partido tremulando ao vento. 

Daniel se apresentou ao público. Ele destaca o fato de não ter feito coligações com outras legendas.

O tempo disponível para o candidato do PMDB, Jésus Nascimento, também é menor que dos outros ainda não mencionados.

O Programa mostrou o lado familiar, a chegada a Ipatinga e a atuação do candidato como professor, advogado e empresário. Jésus concluiu o programa dizendo que é especialista em educação.

Ele afirma que “em Ipatinga quem quiser estudar, vai estudar”, em seguida ele convidou aos telespectadores para acompanharem seus próximos programas.
O jingle busca popularizar a  imagem do candidato e reforça o número 15.
 

O Programa da coligação  “Pra Consertar de Novo”, também seguiu a linha de apresentar a história da candidata. Destacou sua atuação como militante, mãe de três filhos e como a primeira mulher a se eleger deputada no Vale do Aço. O programa deu ênfase a cenas das ruas da cidade, focando as lentes em entulhos e lixo.  Apresentou também relatos de pessoas que afirmaram desejar o retorno da administração petista. Uma das depoentes, ao reclamar, chegou a chorar diante das câmeras.

Cecília Ferramenta se apresentou como a candidata capaz de resolver os problemas da cidade e fez uma referência ao tempo em que o município era administrado pelo Partido dos Trabalhadores, afirmando que durante aquele tempo a cidade era tida como uma das melhores para se viver em todo o pais e que hoje, segundo sua opinião, está em ruínas. O candidato a vice, Coronel Ramalho (PRB), também aparece e cita sua formação em construção civil e Segurança Pública. Ele afirma que escolheu Ipatinga para morar com sua família e que está disposto a colaborar no projeto de “consertar de novo a cidade”.

O jingle da campanha não foca muito o número da candidata, 13, e segue a mesma linha de fazer um comparativo e afirma que a cidade foi “destruída” e que o projeto petista é o único capaz de reconstruir. Por meio de grafismos, após apontar os problemas, sugere a imagem da candidata, associada a imagem do ex-prefeito e esposo, Chico Ferramenta (PT), como líder do projeto capaz de fazer “o resgate do desenvolvimento”.

O programa da candidata da coligação “Responsabilidade com Ipatinga”, Rosângela Reis (PV), se diferenciou dos demais. Embora tenha também dedicado grande parte do tempo para a apresentação do currículo e histórico familiar da candidata, foi o único que atacou diretamente o adversário. Um gráfico com uma parte verde, representando Rosângela Reis e outra parte vermelha, numa alusão a Cecília Ferramenta, foi apresentado por um narrador que citava atuações das candidatas em alguns setores.

Ao mesmo tempo em que fazia críticas à candidata petista, a parte verde aumentava e a parte vermelha diminuía. Tirando este momento no qual a atuação de Cecília era mostrada pelo programa de Rosângela Reis como sendo inferior, as demais partes mostraram cenas de familiares e destacou a atuação da candidata como vereadora e deputada.

Dois apresentadores dividiram as falas

O marido e os filhos da candidata também falaram. Ele destacou a origem e o histórico. O dia a dia com a família foram enfatizados pelo filho, que destacou o fato de Rosângela ser professora. A atuação de Rosângela Reis em projetos sociais também foi destaque no programa. O jingle da campanha, que mostra cenas de caminhadas da candidata, ao lado do candidato a vice, Nardyello Rocha (PSD), reforça o número da candidata, 43, em uma rima direta o sobrenome Reis.