quarta-feira, 27 de junho de 2012

Apoio ao PCB 21 Ipatinga


 Prezados e valorosos Camaradas, estou muito feliz e emocionado pelos  resultados que estão sendo colhidos pelo empenho de vocês na criação e  construção do PCB, em Ipatinga. A eleição é burguesa, de cartas  marcadas e definidas pelo Capital onde apenas é escolhido o gestor que  mais servirá a classe dominante onde consequentemente nada mudará na  exploração do trabalho com as mesmas repressões para o povo, corrupções  descabidas e outras mazelas do sistema capitalista que todos nós  conhecemos e que com o esforço e luta  organizada de todos nós, tenho certeza que poderemos mudar e reverter para um mundo melhor fraterno e socialista.Neste empenho parabenizo vocês, pela clareza política conseguida e nela abraçada com firmeza dedicação e abnegação, desejo o sucesso e um bom resultado nestas eleições de 2012, lamento não poder estar presente ou ir um representante do CR-MG no evento de hoje da comemoração do aniversário dos 90 anos do PARTIDO e a convenção a ser realizada para poder dar apoio e compartilhar com vocês, devido a falta de verba, eleições dos regionais e da grande BH, tempo disponível e visto eu também ser candidato a vice na prefeitura de BH na coligação PCB-PSOL , por várias vezes tentei comunicar com Daniel e Rair e não consegui, mas aqui vão os melhores votos e um pensamento positivo sabendo que qualquer resultado do pleito será uma vitória para o crescimento e organização do PCB em Ipatinga. Vamos a luta CAMARADAS " EXISTE UMA POLÍTICA COM UM VELHO MUNDO A DESTRUIR, E UM NOVO MUNDO A CONSTRUIR ONDE SEREMOS SOCIALMENTE IGUAIS E HUMANAMENTE DIFERENTES"-

 Abraços!

 Almeida.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Brasil: Que País é e$$e?

Como é imoral e podre os 3 poderes no Brasil. Antes ele era o "maioral" do poder judiciário, agora atua apenas como um simples advogado de porta de cadeia, é a política em nossso paí$!
A manchete abaixo serve como auto reflexão para mostrar e comprovar ao povo que "ju$tiça" só tem e é aplicada aos proletários, na maioria das vezes sendo rígida até demais, agora para os afortunados a justiça não é cega muito menos tem o mesmo peso.

"O ex-ministro da justiça, Marcio Thomaz Bastos pediu e está recebendo R$ 15 milhões para defender o bicheiro Carlinhos Cachoeira".
Fonte: Jornal Diário Popular, 02/06/2012

terça-feira, 5 de junho de 2012

Prefeitura Municipal de Ipatinga (PMI) não comparece a audiência e frustra classe artística Audiência pública para debater problemas do setor na cidade é realizada sem representantes do Governo Robson Gomes




Debate na Câmara foi acompanhado por vários setores da sociedade, à exceção do Governo Municipal
 IPATINGA – Profissionais da área cultural de Ipatinga se reuniram anteontem (31) em audiência pública para definir a melhor estratégia para resolver os impasses enfrentados pelo setor e sair da estagnação em que se encontra atualmente. A presença mais esperada para o encontro era a do secretário municipal de Cultura, Esportes e Lazer, Luís Henrique Alves, mas ele não compareceu, frustrando as expectativas de diálogo.
A presidente do Conselho Municipal de Cultura, Leila Cunha, lamentou a ausência de representantes do Executivo na audiência. “Infelizmente, mais uma vez nem o prefeito e nem o secretário de Cultura estiveram presentes. Um fato muito curioso é que o secretário de Cultura esteve em Governador Valadares, em um encontro que se discutia o Sistema Municipal de Cultura, e não veio a uma audiência pública para debater o mesmo assunto na sua própria cidade”, declarou.

OBJETIVO
A audiência pública, que teve como objetivo debater questões estruturais da cultura no município, com foco no Sistema Municipal de Cultura, foi convocada pela Comissão Permanente de Educação, Cultura, Turismo, Esporte e Lazer do Legislativo, presidida pelo vereador César Custódio (PT). Participaram do debate a pesquisadora de políticas públicas e diversidade cultural, Giselle Lucena, o consultor da UNESCO/Ministério da Cultura, Naudiney de Castro e a presidente do Conselho Municipal de Cultura, Leila Cunha.
Na abertura, o presidente do Legislativo de Ipatinga, vereador Nardyello Rocha (PSD), deixou como sugestão a criação da Secretaria Municipal de Cultura. Hoje, o Departamento de Cultura está subordinado à Secretaria de Esporte, não tem dotação orçamentária própria e nem condições de buscar os recursos que poderia conseguir. “É preciso criar meios e dar a estrutura necessária para fazer a Cultura acontecer da forma como merece, e como os munícipes merecem”, justificou Nardyello.
Ele destacou ainda o grande número de profissionais da arte encontrados no município. “Material humano para o trabalho nós já temos. Existem excelentes projetos e profissionais em nossa região, o que falta é o suporte necessário para seguir em frente. Mas vamos brigar para que este suporte seja criado”, garantiu.
PRINCIPAL
O principal tema discutido na audiência foi a criação do Sistema Municipal de Cultura, que deve ser integrado aos sistemas Estadual e Nacional de Cultura. O primeiro passo para isso é a assinatura pelo município do Acordo de Cooperação Federativa com o Ministério de Cultura. Na última entrevista concedida ao DIÁRIO POPULAR, Leila Cunha informou que faltava o prefeito Robson Gomes (PPS) enviar um docume nto manifestando o interesse de participar do Sistema, para que a cidade pudesse participar efetivamente.
A pesquisadora de políticas públicas e diversidade cultural, Giselle Lucena, falou da sua experiência de implantação do Sistema de Cultura no Acre, sua cidade de origem. “Venho trazer uma experiência geograficamente distante, que é da implantação do Sistema no Acre e de construção de um Conselho que tenta se adequar da melhor forma possível à realidade da cidade. E tentar mobilizar tanto o poder público quanto a sociedade civil na construção de políticas públicas para a cultura local”, afirmou Giselle.
PRAZO
Para Leila Cunha, a principal preocupação no momento é que o município perca o prazo para aderir ao Sistema Municipal de Cultura. “Na verdade, quando a gente não faz essa adesão, perdemos o recurso. E estamos falando de uma cidade que es tá em crise. Então não acho que é hora de perder isso, pois significa uma má gestão. Já são 75 cidades mineiras que aderiram ao Sistema então se não fosse uma boa oportunidade, não teriam tantas adesões”, considerou Leila.
Ainda segundo ela, o cuidado deve ser maior em relação à aprovação dos projetos culturais em Ipatinga. “Sobre a lei de incentivo à cultura, nós estamos com 87 projetos que artistas locais inscreveram. E a análise ainda não foi feita, não divulgaram os resultados. Infelizmente, se até o final de julho eles não soltarem quais os projetos aprovados, a classe artística vai ficar sem receber esse recurso municipal”, lamentou a presidente do Conselho Municipal de Cultura de Ipatinga, por se tratar de ano eleitoral.
CONCLUSÃOO vereador César Custódio encerrou a audiência relatando as principais ações que precisam ser feitas para buscar uma solução para a crise da cultura na cidade. “A primeira medida é tentar reunir os chefes dos poderes municipais da região no próximo dia 18, para que possam conhecer melhor as vantagens de aderir ao Sistema Nacional de Cultura. Outra questão é a criação de uma secretaria exclusiva de Cultura, que precisa ser discutida junto ao Conselho Municipal de Cultura. Também temos a sugestão do padre Daniel, da Diocesse de Itabira e Coronel Fabriciano, de realização de uma Semana de Cultura da Paz. Tudo isso será levado para a Comissão Permanente de Cultura da Câmara e discutido com o Conselho Municipal”, concluiu César Custódio.

“Um fato muito curioso é que o secretário de Cultura
esteve em Governador Valadares, em um encontro que
se discutia o Sistema Municipal de Cultura, e não veio a
uma audiência pública para debater o mesmo assunto
na sua própria cidade”, declarou
Leila Cunha, presidente do Conselho Municipal de Cultura


Novo encontro está agendado para dia 18
Ipatinga
 – Sem respostas da PMI, a classe artística agendou um novo encontro para o dia 18 de junho. A presidente do Conselho Municipal de Cultura, Leila Aparecida da Cunha, informou que o consultor da UNESCO/Ministério da Cultura, Naudiney de Castro se comprometeu em retornar à cidade para a próxima reunião.
Para Leila, o primeiro encontro representou um saldo positivo para o Conselho. “Saímos muito fortalecidos dessa audiência, pois saímos com o apoio da Câmara Municipal de Ipatinga. E também com sugestão do Naudiney, vamos ampliar a discussão para os outros municípios. A ideia é que no próximo encontro ele volte e explique a importância do Sistema na tentativa de sensibilizar não só o município de Ipatinga, mas os outros ao redor também”, disse Leila.
Etapas
O objetivo do próxi mo encontro será divulgar a importância da adesão ao Sistema Nacional e implantar o Sistema Municipal de Cultura para todos os municípios do Colar Metropolitano do Vale do Aço. A partir da adesão, os municípios terão que cumprir algumas etapas.
A última etapa é a criação do Plano Municipal de Cultura, com ações previstas para os próximos 10 anos. Para chegar ao PMC, deverá ser realizada a Conferência Municipal de Cultura, com ampla participação popular. A partir das suas deliberações serão elaboradas as ações do Plano, que deve ser revisto a cada dois anos.
Resposta
No dia seguinte à audiência (ontem), o secretário de Cultura, Esporte e Lazer, Luís Henrique Alves, se reuniu com a presidente do Conselho Municipal de Cultura, Leila Aparecida da Cunha. Na ocasião, ela questionou o secretário quanto à demora na implantação do Sistema Municipal d e Cultura e da liberação da verba destinada aos projetos culturais da cidade.
Segundo Leila, Luís Henrique garantiu que na próxima segunda-feira (11) irá se pronunciar quanto aos questionamentos do Conselho. “Ele me disse que vai analisar a situação e se comprometeu a nos dar uma resposta na segunda-feira, depois do feriado”, relatou.

Fonte: Diário Popular, sábado 02/06/2012

sábado, 2 de junho de 2012

Livro de ex-delegado do Dops revela morte de desaparecido político em Minas Obra indica também a existência de um cemitério clandestino em BH


Crédito: Estado de Minas

Bertha Maakaroun -
Publicação: 30/05/2012 06:00 Atualização: 30/05/2012 07:11
Trinta e sete anos depois, está prestes a ser elucidado um dos misteriorosos casos de desaparecimento de militantes de esquerda durante a ditadura militar, o único, entre os 163 anotados pela Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos, ocorrido em Minas Gerais. Trata-se de Nestor Vera, dirigente do PCB clandestino, que em 1º de abril de 1975, aos 60 anos, foi sequestrado em frente a uma drogaria na Avenida Olegário Maciel, em Belo Horizonte, quando dava “assistência”, depois de se encontrar com dois militantes do Partidão – Paulo Elisiário e Sebastião Neris. O episódio foi presenciado pelo dono de uma banca de revistas, também integrante do PCB, e denunciado por Luís Carlos Prestes.

Nunca mais se teve notícia de Vera até a publicação do livro Memórias de uma Guerra Suja, relatos do recém convertido ao evangelho Cláudio Guerra, ex-delegado do Dops. Guerra confessou como deu o tiro de misericórdia num agonizante Vera e, na sequência, descreveu onde ele foi enterrado a 50 quilômetros da capital, num cemitério clandestino, até então desconhecido. A Polícia Federal já esteve no local com Guerra, que há duas semanas, sofreu um atentado.
A gravidade das revelações despertou entidades de direitos humanos e pesquisadores do tema, como o jornalista e presidente da Fundação Perseu Abramo, Nilmário Miranda. Hoje eles reivindicarão do Ministério da Justiça e da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, além da proteção a Cláudio Guerra – que corre o risco de ser eliminado numa espécie de queima de arquivo –, vários pedidos de providência, entre eles, a busca dos restos mortais de Nestor Vera, com a identificação do cemitério clandestino em Belo Horizonte, citado no livro.

Parentes de Vera, residentes no Mato Grosso do Sul, desejam que os fragmentos dos corpos, quando encontrados, sejam trasladados para Presidente Epitácio, em São Paulo, onde estão enterrados os pais do militante. Até o relato de Cláudio Guerra, eles acreditavam que Nestor Vera pudesse ter sido enterrado no cemitério de Perus, em São Paulo, muito utilizado pela ditadura.

Tiro de misericórdia
Na cova rasa onde, segundo Guerra, Nestor Vera foi enterrado há, outros dois corpos– provavelmente de presos comuns. A suspeita é de que tenha sido um ponto de desova usado pelos esquadrões que atuavam na clandestinidade do aparelho repressivo do estado. No livro, o ex-delegado dá detalhes da eliminação dos corpos. “Matei um, mas ajudei a enterrar outros dois. Estamos falando de Nestor Vera, em abril de 1975. Ele é um dos três que eliminamos numa mata, próximo a BH, na estrada para Itabira. Os três foram enterrados no mesmo lugar, em covas diferentes, uma ao lado da outra, um num dia e dois em outro. Além de Veras, desconheço os nomes dos demais. Lembro-me deste porque dei o tiro de misericórdia, afinal, ele havia sido torturado e estava moribundo, relata”.

Guerra também indica os nomes dos que o teriam ajudado naquela operação. “Quem participou realmente da execução, quem estava comigo, foram Joãozinho Metropol e Saraiva, detetives investigadores”, contou, em referência, respectivamente, a um policial mineiro membro da Scuderie Le Coq, responsável pelo desaparecimento de presos políticos e atentados à bomba e ao policial Saraiva, cujo nome completo era Haydn Prates Saraiva.

Muitos são os horrores relatados pelo ex-delegado do Dops que participou de execuções em vários lugares no Brasil durante a ditadura, convocado pelo ex-coronel do Exército Freddie Perdigão. Em seu currículo, estão a Chacina da Lapa e outras reveladas em depoimento dado aos jornalistas Marcelo Netto e Rogério Medeiros, autores do livro. Igualmente chocante é a história da incineração de 11 desaparecidos no forno da Usina Cambahyba, em Campos (RJ), cujo proprietário era um anti-comunista radical, Heli Ribeiro, amigo pessoal de Guerra.

O caso específico do sequestro, tortura e execução de Nestor Vera, se dá dentro do contexto da transição dos governos Garrastazu Médici e Ernesto Geisel, em que, nas hostes militares havia embates entre grupos quanto a condução do golpe e a possibilidade de uma reabertura política gradual. Na clandestinidade, esquadrões do aparelho repressor atuaram eliminando “os comunistas” naqueles anos de 74 e 75. “Eles se infiltravam no Partidão, identificavam os dirigentes e partiam para o extermínio”, conta Nilmário Miranda.

No balanço mórbido da repressão que se seguiu ao golpe de 1964, foram registrados em 2007, pela Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos, instalada no âmbito da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência, 475 pessoas, entre os quais 163 desaparecidos. Entre 1961 e 1988 houve, em Minas, 15 mortos pela repressão em Minas, entre as quais, oito mortos políticos. Veras foi o único dado como desaparecido. Grande parte dos jovens mineiros que se envolveram na resistência ao regime militar foram presos e mortos em outros estados.