quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

A suprema justiça do espetáculo: o mensalão, o circo e nenhum pão

Por Mauro Iasi.

"Sem dúvida o nosso tempo… prefere a imagem à coisa (…)
Ele considera que a ilusão é sagrada, e a verdade é profana." - Guy Debord

Desde tempos imemoriais os seres humanos representam, isto é, transpõem a vida ao ritual, ao símbolo, à imagem, para olhá-la como num espelho e tentar reconhecer-se. No entanto, como nos explica Bakhtin, o signo não é uma simples reapresentação do real, ele reflete e refrata o real representado. No caso do ritual da justiça, o espetáculo não é mera expiação social do dano causado, ela é mais que isso, é catarse.

Os meios de comunicação transmitiram o espetáculo do julgamento do mensalão com o rigor do rito jurídico e com as sutilezas da performance circense, com direito a mágicos e suas capas e uma profusão de coelhos que saltavam de cartolas/pastas, equilibristas navegando de maneira instável em uma tênue linha que separa a verdade da ficção. Malabaristas jogavam suas palavras, termos jurídicos, citações filosóficas, tipificações do ato delituoso, atenuantes, impropérios e, lógico, os palhaços, esses artistas incompreendidos e adorados, com suas roupas extravagantes e enormes sapatos que distraem a atenção do público enquanto os funcionários trocam os cenários.

Inútil procurar os fatos, a sagrada verdade, sobre os entulhos de processos e recursos. Ela é o que menos importa, pois no espetáculo “tudo que era vivido diretamente tornou-se uma representação”, nos diz Debord (A sociedade do Espetáculo, Rio de Janeiro, Contraponto: 1997, 13).

O espetáculo é a afirmação da aparência, mas aparência não é falsidade que encobre um real, é a forma necessária de expressão deste real, nos termos de Marx a expressão invertida de um mundo invertido. O fato que origina a ação jurídica tem que se tornar abstrato para ser julgado, ele deixa de ser um ato que fere uma ou outra pessoa, ou as pessoas em seu conjunto como sociedade, mas deve ser tipificado como ação contrária a determinado preceito legal. Na abstração da norma positivada, o fato se vê e se reconhece, ou não, mas não pelo que é em si mesmo, mas pela habilidade dos advogados em reconstruí-lo para que se encontre nos termos abstratos da lei, ou dela destoe.

Desta maneira, o espetáculo jurídico, assim como todo espetáculo, assume uma forma tautológica, uma vez que “seus meios (são), ao mesmo tempo, seu fim” (idem, 17). Quando se chega ao fim do julgamento, a sentença proferida, a justiça é feita. Realiza-se lá, no espaço jurídico, o que deixou de se realizar no campo social onde se deu o fato. Este é o mecanismo primordial da catarse. Na vida tudo é muito complicado, as contas não fecham, nossos amores viram desamores, nossos carros não sobem montanhas, ficam presos no engarrafamento, nosso cigarro vira câncer de laringe; mas, na novela os casais se encontram, normalmente no último capítulo, e, no que nos interessa, os culpados são punidos e a justiça é feita.

É, no entanto, inegável que ao projetarmos a realização do desejo no outro sentimos em nós uma realização indireta. Pulamos de aviões, enfrentamos batalhas, vivemos grandes e avassaladoras paixões, voltamos no tempo e desvendamos os rincões mais distantes do espaço. Talvez, seja esse um elemento do ser social que em si mesmo não é um problema. Nossa projeção nos outros e mesmo a realização de nossos desejos na realização do outro, é próprio da sociabilidade humana, mas não é disso que se trata, mas de uma projeção na qual uma relação entre seres humanos assume a forma de uma relação entre coisas.

O fundamento da catarse é que projetamos para outro a realização de algo que por esse meio deixa de se realizar em nós, assim se aproxima do fenômeno da alienação e do estranhamento. No campo da política tal fenômeno está presente no mito fundador do Estado, tal como descrito pelas mãos de seus precursores contratualistas. Dizia Hobbes:

“Diz-se que um Estado foi instituído quando uma multidão de homens concordam e pactuam, cada um com cada um dos outros, que qualquer homem ou assembleia de homens a que sejam atribuídos pela maioria o direito de representar a pessoa de todos eles (ou seja, de ser seus representante), todos, sem exceção (…) deverão autorizar todos os atos e decisões desse homem ou assembleia de homens, tal como se fossem seus atos e decisões” (Hobbes,Leviatã, cap.XVIII).

Vejam, aqueles que “representam” decidem por nós, em nosso lugar. Os mais otimistas diriam: sim, mas e daí? É um ato legítimo de representação, em nosso nome, portanto, salvaguardando nossos interesses. O que os otimistas (ou ingênuos) não percebem é que a transposição para o universo simbólico e espetacular onde se dá a representação não é apenas a expressão refletida de nossa vontade como vontade geral, a refração que distorce toda representação é que os interesses particulares se apresentam como se fossem universais.

Vamos aos fatos. Vivemos em um presidencialismo de coalizão, isto é, o presidente governa construindo uma sustentação no Congresso (Senado e Câmara de Deputados). A sistemática política funciona no sentido de impor a necessidade de formar bancadas de sustentação entre forças distintas que ocupam, supostamente de maneira proporcional, os postos no legislativo. O meio consagrado de manter estas bancadas, condição essencial à governabilidade, é a troca de favores entre o executivo e o legislativo que pode se dar na divisão de cargos no governo, na aprovação de emendas ao orçamento, no direcionamento das ações públicas para áreas de interesse dos lobbies que os parlamentares representam.

Até aqui, a consciência condescendente de nossa época e a legislação considera legitimo e legal. O ato do espetáculo exige não apenas que os atores que representam atuem como se aquilo fosse o real, mas há a exigência de outra atuação complementar, aquela que impõe ao público que suponha real a atuação dos atores (a menos que estivéssemos diante do distanciamento brechitiano, que não cabe aqui). Assim, os governantes atuam desta forma como se fosse pelo interesse geral e o bom público finge acreditar.

O que os governantes sabem e o bom público também, é que este campo restrito de legalidade é constantemente subvertido por iniciativas que vão além do legal e do legítimo e a troca de favores inclui práticas diretas ou indiretas de corrupção. Longe de ser um desvio ou mau funcionamento de um sistema em si virtuoso, a corrupção é parte integrante e incontornável da forma de governo estabelecida. Mas para o bom andamento do espetáculo, todos temos que fingir que não sabíamos e, público e governantes, se mostrar surpresos (normalmente como mau atores) quando as práticas ilícitas se tornam visíveis.

As campanhas eleitorais, que são o ritual espetaculoso pelo qual se montam as representações governamentais e parlamentares, são fundamentalmente um ato explícito de corrupção e chantagem. Não importa que fira os mais elementares princípios da própria jurídicialidade burguesa. Vejam a distribuição do tempo de televisão (meio que, hoje, se tornou decisivo). Pela lei, ele é distribuído pelo tamanho das bancadas existentes, o que é absurdo uma vez que define uma proporção fundada nas eleições anteriores para um pleito aberto ao futuro e quebra a igualdade como condição da disputa. Tal procedimento abre a negociação pelo tempo em um verdadeiro balcão de negócios onde o que menos vale são programas e compromissos políticos fundados em interesses reais em disputa na sociedade (leia-se “de classes”).

Não se proíbe a mercantilização da política, mas a consciência piedosa de nossa época parece se espantar na hora de pagar pela compra realizada, como o desavisado no bordel se mostrando surpreso por não ter sido por amor. Não é menos corrupção, no exato sentido da palavra, um governo que mantêm as taxas de juros em patamares exorbitantes para atender as promessas de campanha ao setor bancário, ou que dirige as obras públicas em favor das grandes empreiteiras. Ele está pagando favores advindos do financiamento de campanha. Da mesma maneira os recursos oriundos destes financiamentos, sejam registrados e legalizados ou contabilizados no famoso caixa dois, são partilhados entre aqueles partidos e políticos que disciplinadamente mantiveram-se na sustentação do governo.

O PT tem razão em se mostrar indignado. Ele apenas atuou pelas mesmas regras que sempre se atuou no presidencialismo de coalizão, da mesma forma que os governos do PSDB, DEM e PPS, assim como o histórico fisiologismo do PMDB, sempre governaram. Seu engano, entre tantos, foi supor que tinha sido aceito no clube e receberia as mesmas prerrogativas que seus pares mais tradicionais. Acreditou que pelo fato de não abrir a caixa preta do governo FHC e expor as entranhas dos atos ilícitos ali praticados, não diferentes daqueles pelos quais foi julgado, ele seria poupado, numa espécie de crença ingênua de “amor, com amor se paga”, tendo que cantar, ao final, um samba amargurado: “você pagou com traição, a quem sempre lhe deu a mão”.

Havia outro caminho? Esta é uma pergunta difícil. Para aqueles que acreditam que a estratégia política passa pelo suposto controle de governo tal com está definido nos marcos do Estado Burguês, ou seja, aboliram de sua concepção política a noção de ruptura, infelizmente, não. Mas não há inevitabilidade na política. O equívoco maior do PT e de sua estratégia é se prender aos limites da governabilidade burguesa e das amarras do presidencialismo de coalizão. Havia sim outra sustentação política, mas esta se localizava fora do parlamento e dos marcos da institucionalidade burguesa: os movimentos sociais e a organização autônoma da classe trabalhadora.

Essa opção levaria a um governo de tensões e intensificação da luta de classes, opção descartada pelos estrategistas petistas. A opção pela governabilidade com base na adesão (compra) de partidos implicou na aceitação tácita e explícita dos meios necessários para isso que agora são julgados como imorais e ilegais (e são).

Por isso, há uma ironia na última reunião do diretório nacional do PT que aventou a possibilidade de chamar as massas e a militância em defesa do PT contra o STF. Não se pensou em mobilizar as energias militantes e a capacidade de luta da classe trabalhadora quando podia e devia, para impor uma governabilidade que se dirigisse contra os limites da ordem, para sustentar uma reforma política que superasse as armadilhas da governabilidade viciada estabelecida, para garantir uma reforma agrária, para barrar o desmonte das políticas públicas, para defender a previdência, para barrar os transgênicos e a supremacia do agronegócio. Agora querem que os trabalhadores saiam em defesa do governo contra uma decisão da justiça, da representação suprema de uma ordem política e jurídica a qual o PT se rendeu como limite intransponível. É mais que irônico, é ridículo.

Neste ponto o PT, mais uma vez, se mostrou coerente. Acatou a decisão da justiça e desautorizou as manifestações de massa.

Diz, mais uma vez Debord:

“A alienação do espectador em favor do objeto contemplado (o que resulta de sua própria atividade inconsciente) se expressa assim: quanto mais ele contempla, menos vive; quanto mais aceita reconhecer-se nas imagens dominantes da necessidade, menos compreende sua própria existência e seu próprio desejo” (Debord, op. cit. 24)

Quem produziu espectadores não pode esperar agora que hajam como atores.

Quando morre um palhaço, triste e solitário, com cirrose de tanto beber para enganar a tristeza da vida, o público nem percebe. No picadeiro há outro, com uma grossa camada de maquiagem, com suas roupas coloridas e um sorriso desenhado na cara. 

O espetáculo não pode parar! Respeitável público…

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Oscar Niemeyer: uma legenda comunista para a história.


 O mundo das artes e a cultura do trabalho perderam o legendário arquiteto e comunista Oscar Niemeyer. Figura da maior grandeza, que marcou o século XX com a sua arte e ciência, mas também com as ideias pelas quais lutava com convicção.
O arquiteto comunista, com seus traços, colocou o Brasil na modernidade do mundo. Sua obra marcou a arquitetura na Europa, na África, na Ásia, no Líbano e na América. Sua genialidade se espalhou pelo Brasil em obras que refletiam as curvas, a luz e a suavidade da liberdade no traço do concreto que era erguido pelos trabalhadores, em prol dos quais lutou por toda uma vida.
Ao projetar Brasília, Niemeyer afirmava que não bastava criar uma cidade, era preciso mudar o sistema que apartava os trabalhadores de sua obra.
Mas o homem, militante comunista, tinha a estatura de sua obra. Entrou para o nosso Partido em 1945, lutou contra a repressão da ditadura militar, sendo desterrado para a França. Lá militou no Partido dos fuzilados, dos que heroicamente resistiram ao nazismo, o histórico Partido Comunista Francês, sendo o construtor da sede daqueles comunistas.
Sempre esteve ao lado do progresso da humanidade. Apoiou a revolução bolchevique e o Estado operário na URSS, sempre esteve ao lado de Cuba socialista, e quando a revolução democrática e socialista venceu a opressão na Argélia, para lá foi o militante comunista brasileiro, construir universidades e prédios para atender aos interesses dos trabalhadores.
Niemeyer esteve ao lado de gigantes do século XX: foi amigo dos comunistas Fidel Castro, Pablo Neruda, Luiz Carlos Prestes, Jorge Amado, Jean-Paul Sartre e José Saramago. Apoiou todas as lutas dos trabalhadores em seu tempo, militante sempre solidário, altivo e disposto a lutar pelo socialismo.
Quando o nosso Partido foi atacado pelo liquidacionismo, no IX congresso em 1991, lá estava ele, no plenário do auditório da UERJ para dizer: “Enquanto houver miséria e opressão, ser comunista é a nossa decisão”.
Após a ruptura com os liquidacionistas, que viraram as costas para a história, em 1992, Oscar Niemeyer foi eleito o presidente de honra do PCB.
Sua luta, sua história, seu compromisso com o marxismo e o socialismo, assim como a sua arte e ciência marcaram indelevelmente a memória do tempo presente.
Camarada Oscar Niemeyer, presente! 
Rio, 06 de dezembro de 2012.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

A Unidade Classista homenageia um militante comunista na resistência operária

No enfrentamento à ditadura burguesa sob a forma militar, o PCB construiu uma alternativa de luta que orientava suas bases e informava a frente democrática, para as mais amplas ações de massa e articulaçõespolíticas, como forma de reagir ao regime de exceção que se estabeleceu no Brasil, em 1º de abril de 1976.Essa política de frente única dava sinais de firmeza em 1973 e se consolidou em 1974. A ditadura, percebendo o avanço dessas formulações na atuação da oposição e dos movimentos de resistência, organizou a “operação radar” para liquidar o PCB. O aparelho de repressão partiu para cima do Partido em todo o Brasil. De 1973 a 1976, dirigiu o grosso dos seusesforços para o inimigo número 1 da ditadura naquele momento: foram milhares de prisões, centenas de militantes torturados, dezenas de exilados e 39 militantes e dirigentes assassinados sob tortura. A desarticulação do PCB era a condição da ditadura para transitar o seu projeto de “abertura lenta e gradual”. Dentro da política de enfrentamento ao regime fascista, o PCB deliberou por uma ação que movimentasse a classe operária para um papel protagonista diante da conjuntura de desgaste da ditadura. As formas de luta eram as reivindicações salariais, a luta por melhores condições de trabalho, a denúncia dos crimes da ditadura e a organização do Partido entre os trabalhadores. Para cumprir esse último papel, a direção do PCB em São Paulo designou um operário comunista experiente, temperado nas lutas da nossa classe e convicto do nosso papel: Manoel Fiel Filho, nascido em 7 de janeiro de 1927, em Alagoas. Esse camarada ficou responsável pela distribuição do jornal A Voz Operária nas fábricas da Mooca e pelo trabalho de organização do Partido entre os operários daquela região fabril. No dia 16 de janeiro de 1976, agentes do DOI-CODI prenderam Manoel Fiel Filho na fábrica onde trabalhava, a Metal Arte, na Mooca. Dois agentes da repressão levaram o líder operário por volta de meio-dia. No dia seguinte, 17 de janeiro, a repressão armava um teatro para dizer que o operário comunista havia se matado, por enforcamento, nas dependências do II Exército. Trata-se de mais uma armação, Manoel Fiel Filho tinha marcas de tortura na cabeça, pescoço e punhos. Tinha sido barbaramente torturado e não resistiu, morrendo nas dependências do Exército, o que criou uma crise política no governo autoritário. O camarada Manoel foi Fiel até o seu último momento à luta pela emancipação dos trabalhadores. Lutou com seu Partido, ao lado da nossa classe, para derrotar a ditadura. Por determinação da repressão seu corpo foi enterrado rapidamente no dia 18, no cemitério da IV Parada, em São Paulo. Era o medo da ditadura diante da sombra de liberdade que começava a cobrir vastos segmentos populares na luta pela democracia. A repressão continuaria perseguindo os familiare  do operário comunista para que eles nada fizessem. As roupas com as quais havia sido preso foram jogadas na porta da sua casa, pelos agentes da repressão, quando do aviso de sua morte. O movimento operário avançou, mostrou-se forte nas lutas de classe do final da década de setenta, do século passado. A ditadura foi derrotada e novas batalhas se colocam para os trabalhadores. A classe operária marcha para fazer a luta política diante da crise do capital, os comunistas estão construindo a sua organização para avançar no enfrentamento à burguesia. O camarada Manoel Fiel Filho é um símbolo dessa luta. Tombou em defesa da nossa classe e do nosso Partido. Aqui reunidos reafirmamos a sua presença entre nós. Seuexemplo e a sua lição de luta marcarão os passos da Unidade Classista, vanguarda dos trabalhadores na luta pela sociedade socialista. Mas, neste momento de reorganizar a nossa luta, queremos afirmar: por nossos mortos nem um minuto de silêncio, toda uma vida de luta e combates.
Camarada Manoel Fiel Filho, Presente!
                                            Viva o Partido Comunista Brasileiro!
                                            Viva a Unidade Classista!
                                             I Congresso da Unidade Classista
                                    (17 e 18 de novembro de 2012 – Rio de Janeiro)

sábado, 10 de novembro de 2012

Daniel Cristiano fará parte do Comitê Regional do PCB/MG


Nessa sexta-feira (3), durante uma reunião do Partido Comunista Brasileiro (PCB), Daniel Cristiano foi nomeado o novo integrante do Comitê Regional do PCB em Minas Gerais.
De acordo com Daniel Cristiano, secretário político do partido, o convite foi feito devido ao trabalho desenvolvido pelo militantes do PCB de Ipatinga durante os últimos quatro anos.
Daniel Cristiano, que concorreu às eleições deste ano para a Prefeitura da cidade, ressaltou os resultados das urnas, que apontaram mais de 16 mil votos em sua primeira candidatura como prefeito.
 Divulgação

Além do anúncio de Daniel Cristiano como novo integrante de seu Comitê em Minas, a reunião do PCB pautou questões como uma avaliação do processo eleitoral em Ipatinga, no estado e no Brasil; a conjuntura política e econômica de Minas, Brasil e mundo; os planos futuros do PCB; a construção da Unidade Classista, que é uma representatividade da classe trabalhadora e a escolha de mais dois integrantes a comporem o Comitê Regional Estadual.

Daniel Cristiano lembrou que sua indicação para compor o Comitê Regional é histórica, pois além de ser o pioneiro de Ipatinga a integrá-lo, vem consolidar o quanto Ipatinga e região são importantes estrategicamente para a consolidação da defesa da classe operária, que segundo Daniel, é a razão da existência do Partido Comunista Brasileiro.

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Como se organizar no PCB?



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Como se organizar no PCB?

O Partido Comunista Brasileiro é o partido de maior longevidade em nosso país. Foi fundado em 25 de março de 1922, em Niterói, Estado do Rio de Janeiro, por um grupo de trabalhadores animados com a vitória dos operários e camponeses na Revolução Bolchevique de 1917, na Rússia.
O PCB nada tem a ver com os partidos institucionais mantidos pela legislação burguesa, os partidos da ordem, cujos maiores representantes hoje são o PT, o PSDB, o PMDB, o DEM, etc, cujas divergências entre eles resumem-se a diferentes formas de gerenciar e fazer aprofundar o capitalismo em nosso país. Nosso partido, apesar de participar da vida política institucional, pois enxerga como fundamental aproveitar o espaço conquistado pelas lutas democráticas no país (liberdade de organização, participação nas eleições, uso do tempo de televisão, fundo partidário, etc), não vê este espaço como um fim em si mesmo (como hoje fazem partidos que outrora foram de esquerda, como o PC do B), mas um meio para difundir as ideias e o programa comunista e avançar na organização da classe trabalhadora visando construir a revolução socialista no país.

Para fazer parte do PCB é preciso estar organizado numa base ou célula partidária. A base ou célula são o centro de gravidade do partido, a sua razão de ser, as unidades básicas de que toda a organização depende. São uma espécie de modelo reduzido do próprio partido, possuindo – dentro de seu espaço de atuação – as diversas funções do todo partidário. Elas são o partido organizado em espaços comuns de atuação e luta (a fábrica, a empresa, o bairro, a escola, os movimentos sociais). As bases têm a finalidade de ligar o partido às massas, num sentido de mão dupla. De um lado, devem participar da vida das massas, procurando levá-las a conhecer, assimilar e pôr em prática a linha política do partido. De outro lado, devem recolher delas suas experiências, reivindicações e tendências, para capacitar o partido a elaborar propostas políticas justas para as necessidades do seu tempo.




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As organizações de base devem ser organismos dinâmicos e criativos. Toda base deve ter um plano de ação, com objetivos e prazos a serem atingidos e a definição de responsabilidades. Nelas, os militantes discutem a política do partido, analisam a realidade da área de sua atuação, elaboram os planos de ação, opinam sobre os documentos e resoluções partidárias, exercendo o direito à critica e à autocrítica. E é assim que funciona o princípio maior da organização comunista: o centralismo democrático. Nos processos congressuais e nas conferências para debater a linha política, a tática e a estratégia de ação do partido, os militantes discutem exaustivamente as propostas até chegarem a um consenso ou a uma posição majoritária. Construída esta posição, adotada coletivamente como resultado de um amplo processo democrático de participação nas decisões, o conjunto do partido deve se empenhar para pôr em prática aquilo que foi decidido, de forma unitária e coesa. Todas as decisões, mesmo relativas a questões cotidianas, são adotadas desta forma: coletivamente. Mas somente a prática política disciplinada e unitária é capaz de fazer do partido um grupo homogêneo, pronto para assumir as tarefas necessárias ao desenvolvimento dos grandes embates políticos e sociais e da luta maior em prol da revolução socialista.

O que defende hoje o PCB?

Conforme aprovado pelo XIV Congresso Nacional do PCB, realizado em outubro de 2009, objetivo central da ação dos comunistas é a superação do modo de produção capitalista e a constituição de uma sociedade socialista. A revolução socialista é um processo histórico e complexo que não pode ser entendido como linear. É composto de elementos diversos e sujeito às condições objetivas e subjetivas de cada formação social, à luz da conjuntura nacional e internacional e de sua evolução. O triunfo do socialismo não é um fato que acontecerá de forma natural ou inexorável, como afirmam algumas leituras mecanicistas da obra de Marx, mas sim uma possibilidade histórica que deve ser construída.

Na luta para fazer afirmar a hegemonia política do proletariado, entendemos ser necessária a construção do Bloco Revolucionário do Proletariado, reunião das forças políticas e sociais que almejam dirigir os trabalhadores brasileiros para a derrubada do capitalismo por meio da revolução socialista. Nossa estratégia, portanto, é a revolução socialista. São as massas que fazem a revolução, no sentido mais amplo da superação do capitalismo pelo socialismo, e não propriamente o partido. Mas a revolução não acontecerá sem um partido revolucionário a liderá-la, o que pode se dar em conjunto com outras forças e organizações políticas revolucionárias que configurem o Bloco Revolucionário.

A organização dos trabalhadores inclui formas de organização popular direta, nos bairros, no campo e em grandes movimentos urbanos de massa e a luta pelo aprimoramento da organização sindical, com a construção de grandes sindicatos por ramo de produção, a proposição de greves gerais com a participação de todos os trabalhadores, do proletariado precarizado, dos partidos de esquerda e de outras organizações sociais, e a utilização de vias não institucionais para a luta revolucionária. Além disso, a luta pela hegemonia das ideias socialistas e comunistas compreende a utilização de todas as formas disponíveis e todos os espaços políticos aos quais tenhamos acesso para difundir e desenvolver as ideias políticas socialistas e comunistas e para promover a denúncia contumaz e radical do capitalismo.

A construção de uma alternativa de poder que se apresente como uma contraposição ao poder burguês somente será efetiva se conseguir mobilizar as classes exploradas, com um programa capaz de produzir uma ruptura na ordem capitalista. Esta contraposição se materializa no Poder Popular, que possui um caráter estratégico – ao se transformar numa espécie de poder paralelo ao Estado burguês e no futuro núcleo de poder proletário rumo ao socialismo. Possui também um caráter tático, ao dar suporte para as lutas unificadoras do movimento operário e popular.
A tática do PCB se pauta pela construção de uma Plataforma Comunista, composta de um programa e de uma proposta de organização popular. O principal ponto deste programa é a formação de uma Frente Política Anticapitalista e Anti-imperialista, que tenha caráter permanente, não se tratando de uma frente eleitoral. Esta Frente deve ser composta por partidos, organizações, movimentos e personalidades que se oponham à política dos governos capitalistas e lutem pelas transformações necessárias para fazer valer os interesses dos trabalhadores brasileiros. A Frente deve ter o papel de aglutinar o movimento operário e popular em torno de bandeiras gerais e específicas, sendo também um polo de ação institucional, conformando, assim, uma alternativa às propostas liberais, socialdemocratas, nacionaldesenvolvimentistas, dentre outras que correspondam aos interesses e às representações da burguesia.

A teoria marxista

Baseamo-nos na teoria social elaborada, inicialmente, por Karl Marx e Friedrich Engels, no século XIX (época de grandes lutas operárias contra a exploração promovida pelo capitalismo, que vivia seu processo de consolidação no mundo) e continuada, no século XX, por Lênin, Rosa Luxemburgo, Gramsci, Lukács e outros grandes militantes das lutas anticapitalistas de seu tempo. Estes autores revolucionários deram forma a uma nova concepção de mundo, concebida através da análise crítica e consciente da realidade existente e da intervenção ativa na história, construindo assim o instrumental teórico necessário ao enfrentamento à concepção de mundo dominante, que está a serviço dos interesses e necessidades da burguesia e da expansão contínua do capitalismo.

Segundo Marx, a teoria somente se transforma em poder material quando é apoderada pelas massas, isto é, uma ideia só se realiza plenamente se é abraçada pelo movimento social concreto e se configura em ação prática transformadora. O papel básico do partido comunista é contribuir para a elevação da consciência de classe dos trabalhadores, agindo na organização das lutas e na propaganda socialista em contraponto ao modelo de sociedade capitalista. A disputa ideológica que o Partido Comunista promove visa, entre outros, superar os marcos dos interesses puramente imediatos, economicistas, corporativos, para o nível da visão global da realidade, forjando, desta feita, a visão de mundo transformadora, capaz de hegemonizar um projeto político de construção da sociedade socialista.

Lênin já dizia que a consciência socialista não brota espontaneamente das lutas populares e nem da indignação particular de uma parte do proletariado. Por isso destacava a importância do partido revolucionário e dos militantes comunistas para dirigir e orientar as massas revoltadas com as desigualdades e injustiças provocadas pelo sistema capitalista em uma mobilização consciente em prol do socialismo, como única alternativa capaz de solucionar os problemas vividos pela classe trabalhadora.

Não se pode prever de antemão quando eclodirá em algum lugar a verdadeira revolução proletária e qual será o motivo principal que despertará e lançará à luta as grandes massas, hoje ainda presas na corrente da alienação. Mas não podemos ficar esperando este momento, como se a revolução, além de necessária, fosse inevitável. O partido deve estar sempre preparado, no presente, de olho no futuro. Os requisitos fundamentais para o êxito desta empreitada são uma linha política correta, uma direção unida, além de organizações de base e militantes capazes e enraizados nas massas.

Uma história de lutas

A trajetória do Partido Comunista Brasileiro está indelevelmente marcada na própria história do Brasil. Nossa organização sempre se destacou por atrair para suas fileiras os mais importantes dirigentes das lutas dos trabalhadores e representantes da intelectualidade e da cultura brasileira.

Quando se tornou um verdadeiro partido de dimensões nacionais, no período entre o imediato pós-guerra (1945) até o golpe que implantou a ditadura empresarial-militar em 1964, o PCB no partido que agregou praticamente toda a esquerda brasileira, unindo o mundo do trabalho com o mundo cultural. Intelectuais do porte de Astrojildo Pereira, Octávio Brandão, Caio Prado Jr., Graciliano Ramos, Nélson Werneck Sodré, Oduvaldo Viana Filho (Vianinha), Paulo Pontes, dentre outros, participavam de um extenso aparato político-cultural (jornais, revistas, livros, associações culturais, etc), que, associado às organizações mais ligadas às lutas diretas dos trabalhadores e da juventude (sindicatos, ligas camponesas, imprensa operária, Comando Geral dos Trabalhadores, União Nacional dos Estudantes e outras), compunham uma grande rede de instituições que tinham nas camadas proletárias o sujeito real da intervenção social. O PCB exercia, naquele tempo, grande influência junto às organizações populares que lutavam contra o poder do latifúndio, a grande empresa capitalista e a ação do imperialismo em nosso país. O golpe de 1964 abateu-se de forma violenta contra os comunistas e demais forças democráticas e progressistas, interrompendo a ascensão do movimento de massas no Brasil por longos vinte anos.

Se a história do PCB foi marcada por uma sistemática repressão, que o compeliu à clandestinidade por mais da metade de sua existência e que entregou ao povo brasileiro boa parte de seus maiores heróis do século XX, nem por isto o PCB foi um partido marginal. Ao contrário: da década de 1920 aos dias atuais, os comunistas, com seus acertos e erros, mas especialmente com sua profunda ligação aos interesses históricos das massas trabalhadoras brasileiras, participaram ativamente da dinâmica social, política e cultural do país.
Desde 1992, quando um grupo de liquidacionistas, comandado por Roberto Freire (hoje no PPS, legenda auxiliar do PSDB e dos governos burgueses de direita), tentou acabar com o PCB, na esteira da crise mundial vivida pelo socialismo (queda do muro de Berlim e derrocada da União Soviética), vivemos um processo de reconstrução revolucionária de nosso Partido. Nos últimos anos temos intensificado o trabalho de estruturação interna do Partido e de sua inserção nos movimentos de massa. Através, principalmente, do movimento sindical e estudantil e da participação nas entidades representativas, o Partido afirma a centralidade do trabalho e a necessidade da revolução social de matiz socialista. É através deste trabalho, também, que o partido vem recrutando e formando novos militantes e formulando sua intervenção junto às massas.
 
Quando o injusto se converte em LEI, a rebelião se converte em um DEVER.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Eleição Municipal... Existe esperança de mudança?


Ipatinga, Eleição e Voto.
 
 O Vale do Aço passou por uma disputa de mobilização local e, principalmente, umbilical; eleição municipal em que se escolheram através do voto... Os vereadores e prefeitos com propostas diferenciadas... Quer seja por conta de questões municipais ou por interesses que transcendem os limites das cidades.
 Assistimos a um verdadeiro desfile de vaidades, interesses maiores que refletirão nas eleições presidenciais de 2014 demonstrado pela tentativa de controlar o jogo político a partir dos Governos Estadual e Federal. De um lado, o Governador Antônio Anastasia... Patrocinado por Aécio Neves e seus candidatos. Do outro lado o Governo Federal com Lula e os seus candidatos. Ambos os grupos fizeram a diferença com suas ajudas políticas, técnicas e financeiras.
 Citamos a seguir Ipatinga/MG, cidade propulsora do desenvolvimento econômico da região metropolitana da Vale do Aço.
 Ipatinga é um município brasileiro no interior do estado de Minas Gerais. Pertencente à microrregião do Vale do Rio Doce e a nordeste da capital do estado, a 209 quilômetros. Sua população foi contada em 2010 pelo IBGE em 239 mil e 177 habitantes. A cidade localiza-se exatamente no local em que as águas do rio Piracicaba se encontram com o Rio Doce. Sua área é de 165,509 km², sendo que 22,9245 km² estão em perímetro urbano.
desenvolvimento da região deve-se às grandes empresas locais, como a Aperan Timóteo, Cenibra Belo Oriente e principalmente a Usiminas, localizada no próprio município. Até 1964 Acesita (hoje Aperan) e Usiminas ficavam em território da cidade vizinha, Coronel Fabriciano, mas com a emancipação política de Timóteo e Ipatinga, o município deixou de sediá-las. Atualmente município é formado pela Sede e pelo distrito de Barra Alegre. A cidade faz parte da Região Metropolitana do Vale do Aço, que ultrapassa os 449.340 habitantes. Além das quatro principais cidades (Coronel Fabriciano, Ipatinga, Santana do Paraíso e Timóteo), há outras 22 no colar metropolitano.
A cidade ainda se destaca pelo turismo. Além do turismo de negócios, em Ipatinga estão algumas das principais atrações de todo Vale do Aço, como o Shopping do Vale do Aço; o Estádio Municipal Epaminondas Mendes Brito - Ipatingão, um dos maiores de todo Leste mineiro; a USIPA; o Centro Cultural Usiminas, que vem apresentando diversas atrações de todo o país, como grandes nomes da MPB. Além do turismo na área urbana, Ipatinga também é um dos principais acessos para a Serra dos Cocais, localizada na cidade vizinha de Coronel Fabriciano e para o Parque Estadual do Rio Doce, situada entre os municípios de Timóteo, Marliéria e Dionísio.
 Ipatinga vive uma instabilidade política administrativa muito grande as mais de 12 anos, culminando em vários prefeitos cassados, prefeitos interinos, péssimas administrações, seguindo a falta de planejamento que acabaram não beneficiar os cidadãos que precisam direta ou indiretamente dos serviços públicos, ou seja, não temos um Plano Diretor e suas leis complementares bem definido, não temos Hospital Municipal com Blocos Cirúrgicos, Maternidades Públicas e leitos com quantidade e qualidade para atender a população; Não temos escolas técnicas estaduais e federais, não temos Universidades Estaduais e Federais em uma cidade que é pólo industrial, de serviços e comércio. Os contratos de limpeza pública e transporte público são desatualizados, monopolizados e não atendem a realidade dos anseios dos cidadãos da cidade.
 A crise econômica que o país vive desde a acentuada crise econômica globalizada afetou Ipatinga e região também, pois a perda dos clientes externos e o decréscimo do mercado interno, mais a crise política de Ipatinga afetaram todas as áreas de desenvolvimento da cidade e região, pois a cidade precisava dar respostas que a região aguardou bastante ansiosa por ver resolvida, mas sem planejamento e sem pensamento para o século XXI, a cidade ficou apenas nas promessas e na falsa expectativa de desenvolvimento.
 Após várias crises, políticas e econômicas chegamos à Eleição Municipal de 2012, na verdade a aproximação dos museus como grandes novidades, ou seja, as mesmas famílias, os mesmos grupos, as mesmas pessoas e os mesmos partidos. Eis que surgiu entre as figuras repetidas um candidato chamado Daniel Cristiano PCB 21, 37 anos, Administrador de Empresas e pós-graduado com MBA em Gestão de Projetos na Fundação Getúlio Vargas (FGV). Contrariando todas as vontades, veio como candidato com chapa pura, não fizera coligação com os partidos famosos e dominados, trouxe uma proposta inovadora e ao mesmo tempo conhecida da popular campanha “corpo a corpo”, “boca a boca” e “olho no olho”.
 Daniel Cristiano apareceu na primeira pesquisa com apenas 1,06% das intensões de voto. Desconhecido da população de Ipatinga seguiu sua meta de abordar o máximo de pessoas possível como candidato a prefeito. A cada abordagem a certeza de dever cumprido, pois além de se apresentar como opção nesta eleição municipal, fez explanações de propostas de governo, sem atacar a vida pessoal dos demais candidatos. Apenas optou em dizer a verdade para cativar e conquistar um precioso e atento eleitorado!
 Ao percorrer a cidade o 21 foi conquistando eleitores e passou a aparecer nas pesquisas com quase 3% das intensões de votos. Houve com isso o interesse dos alunos do Diretório Acadêmico de uma Faculdade de Direito da cidade em realizar um debate entre os candidatos a Prefeito e Daniel Cristiano 21 fora convidado. O debate foi ótimo para o crescimento de Daniel Cristiano, pois fora um evento bem organizado, com a presença de três dos quatros candidatos e o 21 pode ser questionado e avaliado pelas mais de 380 pessoas no auditório e mais umas 200 pessoas que ficaram assistindo pelo telão que fora armado na calçada da faculdade!
 Alguns dias após o debate da Faculdade de Direito, Daniel Cristiano apareceu com 4,7% das intenções de votos já a frente de um candidato de um grande e importante partido do Brasil, que apareceu com 2,9% das intenções de votos.
 A seqüência da campanha municipal seguia e a grande expectativa era o debate em uma emissora de TV da cidade, a qual realizou o evento entre os candidatos de Santana do Paraíso, Timóteo e Coronel Fabriciano. O espanto foi geral, quando a emissora curiosa e covardemente sem explicar a população, cancela o debate que haveria entre os candidatos a prefeitura de Ipatinga/MG.
 Considerando todo este cenário, com campanhas milionárias, várias coligações, centenas de candidatos ao legislativo, apoios estadual e federal... Eis que de uma candidatura simples e autêntica o PCB 21 supera todas as barreias e com 12,16% dos votos Daniel Cristiano 21 obteve 16.096 votos de confiança, superando todas as expectativas dos órgãos de imprensa e institutos de pesquisas que inclusive anunciaram o PCB 21 com 5,3% das intenções dos votos um dia antes da eleição e para surpresa geral o PCB 21 superou mais de duas vezes as projeções. O resultado Final ficara assim: Cecília 61,54%, Rosângela 22,22%, Daniel Cristiano 12,16% e Jésus Nascimento 4,08% dos votos válidos!
 É importante salientar que o PCB em Ipatinga e especialmente nesta eleição municipal, foi um testemunho vivo, que é possível levantar contra toda a forma de manipulação e alienação, apresentando alternativas viáveis para a cidade. Onde foi resgatado a velha e a mais correta forma de fazer política... A do olho no olho, corpo a corpo, conversando com eleitorado, ouvindo, sem marqueteiros milionários, sem sujeira, barulhos e compra de votos!
 É possível enxergarmos no futuro breve, uma eleição municipal onde realmente o vencedor represente aos anseios da população e não o de pequenos grupos que querem governar a todo custo, mesmo que este custo seja o suor de sangue dos cidadãos!!!

PCB 21 Ipatinga que luta contra todas as forças do capital e também era desconhecida da maioria dos cidadãos Ipatinguenses.

O PCB 21 Ipatinga foi o primeiro partido a requerer o registro de candidatura junto ao cartório eleitoral, porém a imprensa burguesa sequer noticiou tal fato, divulgou três dias depois o registro da candidatura de outro grupo burguês dando conta de que essa seria a primeira candidatura registrada;

Após os registros definidos, tivemos a confirmação de 4 candidaturas inscritas, a do PCB exclusiva e totalmente independente tendo como candidato à prefeito DANIEL CRISTIANO e RAIR ANÍCIO como vice, ambos do PCB;
 
O PT de CECÍLIA FERRAMENTA tendo como vice o Coronel RAMALHO do PRB e mais alguns partidos aliados como PCdoB, PPL, PRTB, tendo como articulador principal CHICO FERRAMENTA, marido da candidata, ex-prefeito por 3 mandatos, ex-deputado estadual e federal;

O PV da atual deputada estadual de 2º mandato ROSÂNGELA REIS com aproximadamente 15 partidos aliados tendo como vice NARDYELLO ROCHA do PSD, ex- PMDB e tendo como articulador principal ALEXANDRE SILVEIRA, ex- PPS hoje PSD, delegado e deputado federal de 2º mandato, atualmente Secretário de Estado do governo Anastasia, porém atualmente esse delegado deputado detém grande rejeição na região do Vale do Aço, pois tanto ele quanto Rosângela Reis foram os responsáveis em colocar o atual prefeito que aqui está quando houve a eleição extemporânea em 2010, gozando de mais de 80% de desaprovação de seu governo pífio e desastroso;
O PMDB tendo como candidato à prefeito Dr. JÉSUS, dono de 2 faculdades na cidade, uma de Direito e outra de Medicina, tendo como vice SEBASTIÃO QUINTÃO, também do PMDB, porém esse teve o registro de candidatura impugnado, tendo de colocar a ex-Secretária de Saúde no governo de Quintão (2005-2008), como candidata a vice, e o PMDB se coligou apenas com o PMN.
No resultado final, a eleição ficou assim:
 
                       1º PT - Cecília Ferramenta 81 mil votos (+ ou - 61%);
                       2º PV - Rosângela Reis 29 mil votos (+ ou - 22%);
                       3º PCB - Daniel Cristiano 16 mil votos ( + ou - 12%);
                       4º PMDB - Dr. Jésus 5 mil votos ( + ou - 4%).
 
Ficamos muito satisfeitos com o resultado, pois havíamos feito um planejamento que poderíamos atingir de 8 a 14 mil votos, sendo essa a nossa meta, porém acreditamos que poderíamos ter ficado em 2º lugar, visto que Ipatinga foi a única cidade que não teve o debate da tv local, covardemente cancelado no dia 28/09, sendo que esse seria realizado dia 02/10, assim as cidades de Coronel Fabriciano, Timóteo e Santana do Paraíso tiveram a realização e transmissão do debate ao vivo pela emissora TV Cultura de instalada em Ipatinga, daí a pergunta:
Por quê somente em Ipatinga não houve o debate?
Também acreditamos que fomos muito prejudicados devido a um jornal local, totalmente parcial e burguês ter soltado uma pesquisa no dia 06/10, véspera da eleição, nos colocando com 5%, assim como explicar que no outro dia conseguimos mais de 12% dos votos, aproximadamente 150% a mais do que o tal jornal publicou?  
Enfim, sabíamos que iríamos enfrentar essas "monstruosidades" na campanha totalmente independente e alternativa do PCB, onde nossos gastos ficaram na ordem de R$ 3.000,00 (três mil reais), enquanto os outros 3 candidatos gastaram milhões.
Foi demonstrado que realmente é possível fazer uma campanha limpa, honesta e barata, onde os votos foram pedidos diretamente aos eleitores, entregamos aproximadamente 150 mil cartõezinhos, um a um, sem jogar nas casas, nem nas caixinhas de correio, também fizemos várias atividades com apenas 2 bandeiras do partido nas portas das escolas de 2º grau, faculdades, portarias da Usiminas, semáforos, etc... Tudo somente DANIEL CRISTIANO e RAIR ANÍCIO, duas pessoas fazendo campanha para prefeito, isso sem contar que DANIEL tirou férias nas 3 semanas antes do pleito, e RAIR, continuou trabalhando por todo período eleitoral, onde a campanha tendo a presença dos dois era feita somente após as 19 h.

Essas considerações finais servem para esclarecer que ainda tem pessoas que realmente lutam por seus ideais, que não são movidas à dinheiro como a grande maioria, que acreditam realmente que o capital não é passível de reformas, ele é cruel de natureza, que esse deve ser eliminado e o socialismo deve começar a ser concretizado pela construção do Poder Popular.

Temos algumas fotos que pode acompanhar nossa campanha. Acesse www.plox.com.br e lá pesquise em PCB ou Daniel Cristiano que poderá ver as atividades, comentários acerca da campanha, etc...



Itens a considerar:

  1. Chapa Majoritária Pura ótimo
  2. Chapa Proporcional 3 candidaturas regular
  3. Meta de votos Majoritária de 8 a 14 mil Bom
  4. Resultado Majoritário 16.096 votos (de 1 para 12,16%) ótimo
  5. Meta 200 votos Legenda Proporcional Boa
  6. Resultado Legenda Proporcional 599 votos ótimo
  7. Meta de votos proporcional Jefão de 1 a 2 mil ótimo
  8. Resultado Jefão 21.000 Proporcional 226 votos Ruim
  9. Meta de votos proporcional Fumaça de 1 a 2 mil ótimo
  10. Resultado Fumaça 21.021 Proporcional 437 votos Regular
  11. Contatos que aproximaram na eleição 152 ótimo
  12. Financeiro Declarado R$5.000,00 Ruim
  13. Abertura e controle das contas Regular
  14. Logística de campanha Boa
  15. Questões Administrativas Regular
  16. Entrevistas: Rádio, Jornal e TV Boa
  17. Debate TV Cancelado
  18. Debate na Faculdade de Direito ótimo
  19. Debate na Rádio Educadora ótimo
  20. Coordenação Geral de Campanha Bom
  21. Atos Públicos e Convenção ótimo
  22. Período de escolha de candidatos Regular
  23. Controle de Rádio e TV Regular
  24. Distribuições das inserções Bom
  25. Materiais Gráficos e de propaganda Bom
  26. Comunicação Rair + Daniel ótimo
  27. Comunicação com os demais camaradas Regular
  28. Cumprimento dos Prazos e horários Bom
  29. Planejamento Estratégico Bom
  30. Filmagens e Edições TV e Rádio ótimo
  31. Agenda de campanha ótimo
  32. Assessoria de comunicação com imprensa regular
  33. Estratégia de Pontos Alvos de campanha ótimo
  34. Houveram seções que o PCB teve 37% votos ótimo
  35. Vencemos o PMDB e em algumas seções o PV ótimo






Grande abraço, saudações socialistas!    
 
facebook: PCB Ipatinga
              Daniel Cristiano 
 
 Rair Anício Júnior                                     
Secretário de Finanças PCB 21
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Daniel Cristiano
Secretário Político PCB 21
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