terça-feira, 7 de julho de 2015

Nota de Repúdio Unidade Classista Vale do Aço/MG... Contra as demissões em massa que a Usiminas já fez e fará... E repudiamos também a redução dos salários!!! Vivemos impactos duros por causa da crise de 2008, que foi mascarada com medidas de estímulo ao endividamento das famílias brasileiras e que estamos sentindo ano a ano, tendo um forte impacto em 2014 que foi um ano eleitoral, agravada com as medidas desastrosas da política econômica nacional do fim do referido ano e com as medidas dos ajustes fiscais de 2015, que nada mais são, a legitimidade das retiradas dos recursos de áreas essenciais que atendem a maior parte da população brasileira. Como plano de extermínio do poder de ganho da classe trabalhadora, o congresso nacional aprovaram a Terceirização, o PL 4.330, proposta esta que vai precarizar ainda mais as relações trabalhistas em nosso país, sendo como sempre os trabalhadores sendo sacrificados. Além disso, mais ataques contra os direitos da população com as implantações das medidas provisórias 664 e 665, pois ambas dificultam o acesso a seguro desemprego e as pensões e benefícios dos entes de pessoas falecidas. A mais recente aberração, foi a proposta apresenta pelas centrais sindicais CUT, UGT e Força Sindical ao Ministério do Trabalho e Emprego do Governo Federal e à Presidência da República, o vergonhoso Programa de Proteção ao Emprego (PPE), isso mesmo "programa pai das empresas" e pior ainda, utilizando recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), ou seja, dinheiro do suor dos trabalhadores patrocinando as empresas. Em Ipatinga-MG o Massacre na Usiminas continua... Em 07 de outubro de 1963 ocorreu um dos mais graves massacres contra a vida de dezenas de trabalhadores da referida fábrica. Os operários da Usiminas reivindicavam melhores condições de trabalho, alimentação e salários dignos... E foram metralhados na portaria da fábrica pela Polícia Militar com a autorização do então Governador de Minas Gerais o fascista Magalhães Pinto, sendo para muitos um ensaio da repressão da Ditadura Empresarial-Militar no Brasil que viria no ano seguinte. Hoje em pleno século XXI o Massacre na Usiminas se evidencia de várias formas, nas exaustivas horas de trabalho, áreas insalubres, demissões em massa, operários executando atividades além de sua capacidade física, as demissões na Usiminas, Usiminas Mecânica, Empreiteiras e a clara pressão que a empresa faz contra os trabalhadores da siderúrgica com o objetivo de aprovação de uma proposta desleal de redução da jornada de trabalho, com a consequente redução dos salários. Os trabalhadores e suas famílias estão pressionados a aceitarem a proposta ludibriadora da empresa com o auxílio da mídia e imprensa que divulgam massivamente para a população que é melhor os operários receberem menos e manterem os referidos empregos. Essa trama também demonstra uma frágil intervenção do sindicato, pois nestes 3 anos de atuação não a atual diretoria não conseguiu ampliar e qualificar o debate sobre as contradições entre capital e trabalho, dando espaço aí para os aproveitadores e antigos diretores sindicais do SINDIPA, que mais parecia um escritório externo da empresa do que propriamente um instrumento que tem como objetivo a defesa dos direitos da classe operária. Como confiar em uma atual diretoria, que a qualquer custo e com qualquer aliança, fez passando por cima das forças de esquerda da cidade uma aliança espúria para vencer a disputa sindical e que após assumir a direção do sindicato assumi a opção de caminhar isoladamente e rompendo as relações com a central sindical que a apoiou na última disputa sindical. Estão hoje nesta confusa representação a CUT, a ASS Intersindical e permeando como representantes das empresas os pelegos e oportunistas da Força Sindical, que estão aparecendo como os salvadores da pátria e dos "empregos". É importante salientar que a empresa fez doações nas campanhas eleitorais a vários nomes da política suja daqui da região, ou seja, tenta manipular tudo e a todos, para fazerem o que quiserem contra os trabalhadores em detrimento dos lucros que enviam aos acionistas. É importante citar, que na eleição municipal de 2012 a Usiminas fez singelas doações de R$150 mil reais para campanhas eleitorais. E aí a pergunta que não quer calar, será que estes "representantes do povo" estarão ao lado dos operários (as), ou estarão do lado de seus cofinanciadores eleitorais... E por que será, que os ditos "representantes do povo", que vieram na eleição de 2014 buscar milhares de votos na região metropolitana do vale do aço e específico em Ipatinga, ninguém deles, seja, chefes de executivo, deputados estaduais e federais, ainda não manifestaram apoio aos trabalhadores... É importante dizer que somos favoráveis sim a redução da jornada, porém somos contra a redução dos salários, que somos contrários também às demissões em massa que a Usminas e as empreiteiras fizeram e vão fazer. E que os trabalhadores precisam captar, que a Usiminas deixou de lucrar e com isso estará retirando do ganho dos empregados todo o lucro que deixou de adquirir. E que a crise é estrutural do capitalismo, que ano após ano a empresa envolverá os trabalhadores e a comunidade em um clima de compaixão, ou seja, coitada da empresa, ela está em crise, então para não demitir vamos reduzir salários... E quando apertar mais ainda, vão solicitar recursos do "governo" para "garantir" os empregos... Sejamos sinceros... Por que a sociedade e a classe trabalhadora devem pagar com suor de sangue todas as despesas. A Unidade Classista Ipatinga vem repudiar a união dos setores políticos, sindicais, imprensa e dos acionistas da Usiminas, que de forma arbitrária e orquestrada, vem destruindo a classe trabalhadora com perseguição política e ideológica, vem implementando uma política de terrorismo do medo contra a população. Sendo assim, nós que fazemos parte da militância da Unidade Classista Ipatinga, através desta nota de repúdio, queremos reafirmar o nosso compromisso com a Construção do Poder Popular, com nenhum direito a menos e com a perspectiva de avançar nas conquistas!!! Apesar de vivenciarmos que o Massacre na Usiminas continua!!! Desejamos Força, Fé e Ação aos camaradas metalúrgicos e suas famílias e a todos os camaradas e as camaradas que vem sofrendo qualquer tipo de repressão seja ela física, psicológica ou de liberdade de expressão!!! Unidade Classista Ipatinga, 07 de Julho de 2015.

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