domingo, 5 de junho de 2011
A máfia sindical armada!
Centrais sindicais nunca tiveram tanta influências no poder como hoje!!!
Siglas que compõem a Base de Dilma têm diversos filiados no movimento sindical... PT, PCdoB, PDT, PMDB e PSB...
Pautas Sindicais e sociais
* 40 hs semanais;
* projeto de lei de terceirização dos serviços;
* Fator previdenciário... (tempo de contribuição, idade e expectativa de vida no momento da aposentadoria);
* Taxa de Juros;
* Educação de qualidade;
* Saúde de qualidade...
Bancada sindical conta com 80 dep federais e 7 senadores (DIAP - Depto Intersindical de Assessoria Parlamentar)
Cresceu 45% em relação a 2007
* Movimentos trabalhistas criaram governo paralelo de acordo com Rudá Ricci (cientísta político)
Desde a chegada de Lula ao poder, imitou-se o movimento sindical europeu o chamado neocorporativismo... Sendo a grande força das centrais tenho o cunho Partidário-ideológico.
* Dinheiro vem de contribuição descontadas dos trabalhadores e não tem fiscalização e nem prestação de contas... Sindicalizados ou não são obrigados a contribuir desde 1940 lei da era Getúlio Vargas, ou seja, um dia de labuta de quem está registrado na CTPS (Cartiera de Trabalho e Previdência Social)... Em 2010 foram 1,02 Bilhões:
60% para Sindicatos
15% Federações
5% Confederações
os demais 20%... desde 2008 gov Lula resolveu dividir com as centrais... As que tem 5% de representação ficam com a verba!!!!
Nem o tribunal de contas da união e ministério público federal têm autorização para fiscalizar o uso deste recurso!!!!!
Cargos: ex dirigentes sindicais têm altos salários!!!
Ex Sindpetro Wilson Santana acumula dois cargos e recebe R$45 mil mês (Presidente Conselho Deliberativo da Petros e Gerente de Comunicação da Petrobras);
Ex torneiro mecânico Jair Mineguelli Presidente do conselho Nacional SESI... Recebe R$27 mil mês;
Ex Bancário João Vacarri Neto... Diretor do Conselho da Itaipu... Recebe R$15 mil mês... E está sendo investigado pelo MP de São Paulo por suposto desvio de recursos da cooperativa Habitacional dos bancários em favor da campanha eleitoral do PT!!!!!!!!!!!!!!!!
* Fonte: O Tempo... Belo Horizonte/MG... Domingo, 1º de Maio de 2011.
Paulinho da Farça sindical foi condenado!!!
Paulino = Força Sindical = PDT = Luiz Carlos Miranda = Sindipa em Ipatinga/MG
Declaração de bens Paulo Pereira cresceu 6 x em 4 anos... Em 2006 declarou a Justiça Eleitoral R$163 mil e em 2010 R$967 mil entre eles um ap de R$368 mil e um audi A3 2008 de R$109 mil.
Em 2011 o presidente da Força Sindical foi condenado por improbidade administrativa e irregularidades na aplicação de R$2,85 milhões em recursos públicos do programa Banco da Terra... setor agrário.
O juiz impôs como setença o pagamento de R$1 milhão pelo esquema fraudulento orquestrado pelo réu Paulo Pereira... Que recorrei da decisão...
Em 2006, este sindicalista foi eleito com 287.443 votos e reeleito em 2010!!! Mas antes, foi candidao:
2004 candidato a Prefeito de SP
2002 candidato a vice-Presidente da República ao Lado de Ciro Gomes
1999 assumiu a presidência da Força Sindical
Está aí a trajetória do Mestre do Luiz Carlos de Miranda de Ipatinga... outro sindicalista que está respondendo processo impetrado pelo Ministério Público do Trabalho, conforme publicou o Jornal o Tempo de Belo Horizonte/MG!
Imposto Sindical (IS) - Raio X
Centrais imposto sindical em milhões Base qtd de sindicatos
2008 2009 2010 milhões
01 CUT 22,3 26,7 31,9 22 1985
02 Força Sindical 17,1 22,6 28,9 16 1506
03 UGT 10,1 13,6 17,3 6 886
04 NCST 7,6 9,5 12,4 5 836
05 CTB 3,3 4,6 6,4 6 486
06 CGTB 2,7 3,6 5 3 369
* Fonte: Jornal o Tempo 1º de Maio de 2011.
Salário mínimo deveria ser R$ 2.293,31 para brasileiro arcar com despesas básicas
O brasileiro precisaria de um salário mínimo no valor de R$ 2.293,31 em maio, para conseguir arcar com suas despesas básicas, de acordo com dados divulgados pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) nesta sexta-feira (3). A entidade verificou que são necessárias 4,21 vezes o valor do salário mínimo para suprir as demandas do trabalhador. O cálculo foi feito com base no mínimo de R$ 545, em vigor.
Em abril, o valor necessário para suprir as necessidades mínimas do trabalhador era de R$ 2.255,84, sendo 4,14 vezes maior ao salário mínimo. O salário mínimo necessário é o que segue opreceito constitucional de atender às necessidades vitais do cidadão e de sua família, como moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, sendo reajustado periodicamente para preservar o poder de compra.
Cesta versus salário
No mês passado, o comprometimento da renda com os gastos da cesta básica alcançava, em média, 47,07% do salário mínimo, ante os 46,78% necessários em abril.
A política econômica de altas taxas de juros e salários de miséria, adotada pelos neoliberais FHC, Lula e Dilma... Continuam massacrando a classe trabalhadora!!
Bancada Religiosa: ignorância e oportunismo
José Mattos (*)
A Bíblia e as comunidades religiosas têm feito boas contribuições à sociedade. O discurso da fraternidade é sempre bem-vindo em sociedades capitalistas injustas, tal qual vivemos no Brasil.
Primeiro impuseram o ensino religioso, um anacronismo que os estados que são, de fato, laicos, já baniram em todo o mundo. Como temíamos há 15 anos, as aulas de religião estão se transformando em mero proselitismo do Cristianismo, desprezando as demais manifestações religiosas da sociedade brasileira, inclusive os que acham melhor não seguir religiões. Um aspecto grave é a crescente exclusão das religiões de origem africana.
Agora os deputados religiosos fazem a gritaria contra o "Kit Escola sem Homofobia", que, maldosa e preconceituosamente, chamam de "kit gay", mentindo às pessoas desinformadas de que se trata de uma campanha de propaganda de uma determinada opção sexual.
É preciso lembrar que este projeto existe, no sistema educacional público, desde 2008 e já treinou milhares de professores em todo o país. É uma das boas iniciativas no sentido de preparar a escola a acolher, orientar e apoiar os jovens em todos os aspectos na caminhada de sua cidadania. Não se trata simplesmente de educação sexual e sim de uma abordagem, em todas as disciplinas do currículo, dos temas homofobia, machismo, sexismo e direitos humanos. É um esforço para entender e tratar um tema complexo que afeta toda a sociedade. A capacitação dos professores permite que eles se tornem agentes de combate ao preconceito e que não permitam que a homofobia seja mais dos problemas das nossa escolas, que já tem tantos outros para resolver.
É triste ver, mais uma vez, instituições religiosas assumirem o seu lado obscuro, conservador, opressor, intolerante e autoritário. Infelizmente a história está cheia de exemplos: Santa Inquisição, aculturação indígena, apoio ao nazismo e às ditaduras militares, opressão das mulheres, negação das descobertas científicas do Evolucionismo e das células-tronco, entre outros eventos.
Se eles estão à caça de grandes ameaças, temos uma bem no nosso nariz: a crise ambiental de grande proporção que pode dizimar grande parte da humanidade. Que tal todos nos concentrar nela? E aceitar as diferenças irrelevantes, tais como a opção sexual das pessoas. O planeta, nosso lar, vai precisar de todas as pessoas, de todos os talentos. Por que impedir o Governo de defender os excluídos?
Senhores deputados e senadores, aceitem que o mundo mudou. Busquem contribuir e não tutelar.
(*) José Mattos é empresário
terça-feira, 31 de maio de 2011
A Comuna de Paris
por Dirlene Marques
Observamos manifestações populares pelos mais diferentes países do mundo exigindo democracia, melhores condições de vida e trabalho, respeito à natureza, uma sociedade mais justa e solidária. É o mundo árabe, a Grécia, a Itália, a França, a Espanha.
No Brasil, as manifestações são localizadas e menores, mas nem por isso menos importantes: greve de trabalhadores em Jirau, povos indígenas e ribeirinhos contra as barragens que destroem suas vidas e sua história, os sem-teto urbanos na luta por moradia.
Foram esses mesmos motivos que levaram os parisienses às ruas, há 140 anos, em uma jornada heroica gestada a partir da longa frustração com a Revolução Francesa de 1789 e seu lema "Liberdade, igualdade, fraternidade". Palavras vazias para os trabalhadores, pois não se realizaram. Já não acreditavam na institucionalidade burguesa, pois os fatos mostravam que as leis visavam a consolidar a riqueza, os privilégios das classes dominantes e a submissão do povo.
Essa longa frustração vai ser agravada pela crise do capitalismo de 1845 e a guerra da França contra a Prússia (1870 e 1871), atingindo duramente a massa popular. Agora, o grito ouvido pelas ruas é o da "República Social", que toma forma na Assembleia de Deputados do Povo: a Comuna. O objetivo não era assumir o Estado, mas mudar a natureza desse Estado. Pretendiam acabar com a dominação da burguesia.
Algumas medidas adotadas: dissolução do Exército regular e sua substituição pelo povo armado; todos os cargos burocráticos seriam exercidos por pessoas eleitas e de mandato revogável, remuneradas com o padrão operário; separação entre a Igreja e o Estado; reconhecimento dos direitos políticos dos estrangeiros. O ensino tem um capítulo à parte, sendo gratuito, laico e obrigatório, com escolas profissionais para ambos os sexos, garantindo salários adequados para os docentes, independentemente de seu sexo.
No terreno social, fixou-se em 6.000 francos anuais o teto do ordenado de todo funcionário público, igualando-o com o salário dos operários. Proibiram-se a acumulação de cargos e o trabalho noturno nas padarias. Extinguiram-se os aluguéis, garantindo o direito à moradia. Fábricas e oficinas abandonadas pelos seus donos foram reabertas e entregues a cooperativas de trabalhadores.
Mas as elites burguesas não perdoaram os trabalhadores por democratizarem o poder e a sociedade. A repressão toma um caráter exemplar. Com a ajuda das tropas prussianas que submeteram a França em 1870, os soldados cercaram Paris, bombardeando-a intensamente. Invadem a cidade, defendida por populares que, desesperadamente, resistiram às investidas militares. São massacrados. Resultados: 20 mil populares fuzilados, 38 mil detidos e 13 mil deportados.
A experiênci a da Comuna, de 18 de março a 28 de maio de 1871, entra para a história do movimento socialista como a primeira referência de conquista do poder pelo movimento operário.
quarta-feira, 2 de março de 2011
Pastores da Morte
Dedicado a Jeferson da Silva, Renilson da Silva e Victor Jara
Chegaram gritando
Espalhando o terror
Buscando o arrego
Impondo o estado da dor
Soldados-tenentes
Senhores da guerra
Implacáveis, inclementes
Capitães-das-vielas
Selvagens, indecentes
Cabeças de repolho e pica-paus
Armados até os dentes
com seus narizes de cristal
Mantidos com nossos impostos
Impõe o horror cotidiano
Desfazem planos
Assassinam sonhos
Cospem em nossas caras
Matam nossos filhos e irmãos
Mentem despudoradamente
Fazem da injustiça seu pavilhão
Cães raivosos
Ceifam vidas inocentes
Com seus fuzis e uniformes
Pisoteiam as flores indulgentes
Mataram um jovem-menino
Que com as mãos moldava o pão
Que a noite estava sorrindo
E de manhã jazia em um caixão
Mataram também o seu tio
Cujo crime era morar na favela
Piedoso enfermeiro-negro
Nunca passou pelas celas
Foram executados pelo Estado
Que financia, treina e arma
Psicopatas de boina e farda
Corsários de insígnias cruzadas
Neo-capitães-do-mato
Jagunços e mercenários
Traficantes e viciados
Milicianos estatizados
E eles sorriem e se protegem
Zombam da dor do trabalhador
Mas o sangue que roubaram
Este sim tem valor
Favela agora é quilombo
O povo não esquece tão rápido
Polícia e bandido se equivalem
O ódio agora é dobrado
Mataram um jovem padeiro
(podia ser seu filho)
Mataram um jovem enfermeiro
(podia ser seu irmão)
Mas o canto que da garganta explode
Esse não podem matar
Nem com a justiça-fuzil
Nem com inquérito militar
E estes dois mártires
Que faziam da alegria sua bandeira
Não serão nome de praça
Pois não têm eira nem beira
Porém na longa estrada
Que no peito é o coração
Nomearão um sentimento amigo
Muita saudade e inspiração
Autor: Daniel Oliveira
Belo Horizonte/Minas Gerais
25 de Fevereiro de 2011
BH: Abaixo a criminalização da pobreza no Aglomerado da Serra, exigimos punição aos responsáveis pelas mortes e uma nova política de segurança
Bruna Toledo, de Belo Horizonte (MG)
Desde o último fim de semana, vem se estendendo uma onda de protestos no Aglomerado da Serra, em Belo Horizonte, onde a Polícia Militar matou Renilson Silva e Jéferson da Silva numa suposta troca de tiros.
A versão da polícia revoltou os moradores do aglomerado, em função de as vítimas serem conhecidas como trabalhadores e por não terem passagem policial. Para os moradores, os dois foram realmente executados. Revoltada, no sábado, dia 19, a comunidade incendiou dois ônibus. No dia seguinte, centenas de policiais dos 1º, 16º e 22º batalhões, além de integrantes do Batalhão Rotam, todos armados, ocuparam pontos estratégicos do aglomerado, para evitar novas manifestações. Tiros de bala de borracha foram disparados e algumas pessoas ficaram feridas. Também houve explosões de bombas de efeito moral.
Justamente revoltados, os moradores da comunidade protestaram incendiando um ônibus
A prática da repressão sem limites nas comunidades e da violência indiscriminada contra inocentes criou uma cultura em nosso país de uma verdadeira criminalização da pobreza. Qualquer um é suspeito se for pobre, e mais ainda se for negro. E a situação é ainda mais grave com toda a propaganda de que é a ocupação militar e policial nos morros e favelas que vai resolver os problemas da violência, do trafico de drogas, etc. Toda a institucionalização da violência por parte das autoridades policiais, a impunidade e a atuação acima da lei nas favelas são ingredientes que revelam uma das instituições mais sujas do Estado burguês em nosso país. E como tal, uma das mais degeneradas.
O problema da violência não se resolve com repressão, execuções e criminalização da pobreza. Tudo isso só terá fim quando realmente se construir escolas em vez de presídios, quando se investir na educação e no bem estar da juventude, quando se criar empregos e garantir uma vida digna para toda população e não apenas para uma elite. Mas isso não é o que ocorre. Nossos governos preferem condenar os trabalhadores e a juventude pobre à morte do que colocar em risco o lucro dos grandes empresários do nosso país.
Os abusos da PM e são frequentes nas vilas e favelas de Belo Horizonte
Mas se diante de todo esse quadro, um jovem negro e morador de favela se sente indignado e deseja exercer o direito democrático de ir à luta para transformar toda essa realidade social, provavelmente encontrará a mesma polícia em seu caminho. Há uma ofensiva em curso no Brasil que criminaliza os movimentos sociais. A despeito de sua origem nesses movimentos, o PT de Lula e Dilma é cúmplice dessa situação. Sabe-se que sem-terras são assassinados no campo por jagunços, que lideranças sindicais são ameaçadas e o próprio governo já acenou várias vezes a possibilidade de proibir “certas greves”.
A mesma polícia que mata nas comunidades, também reprime greves, manifestações e ocupações. Em nome da ordem, busca manter calado qualquer um que queira questionar se essa ordem está de acordo com os interesses de uma minoria privilegiada. Assim, lutar para mudar a sociedade também vira crime e objeto de suspeita.